segunda-feira, 6 de maio de 2019

SABIA

(RÔCampos)

E quando de súbito meus olhos bateram nos teus,
Sabia que eu ia me jogar
Nesse mar desconhecido.
E sabia também que a viagem poderia ser curta ou duradoura.
Que alguns dias seriam de bonança
E outros dias tenebrosos com noites sem estrelas.
Sabia que poderia vir a naufragar,
E que a força das águas e a força do tempo me aniquilariam.
Mas, enfim, como já disse em outras linhas,
Meu coração é um porto solidão,
Onde muitas embarcações já naufragaram.
Apesar disso, ainda sigo a procurar uma estrela,
Para esse porto solidão iluminar.
Assim, continuo navegando, sem nenhum assombro, em busca desse tesouro perdido,
Mesmo que venha a naufragar em alto mar...E morrer de amor.
Pois, como também já disse em outras linhas,
Prefiro a sorte da morte por tanto amar, ao azar da vida de solidão de quem não ama.
A vida é muito abundante e plural para alguém seguir sozinho...

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