sexta-feira, 3 de junho de 2011

VIDA

Olá! Boa noite! Eu me chamo VIDA. Trocando a última sílaba do meu nome, pela primeira, eis DAVI. DAVI foi um rei hebreu que venceu GOLIAS, um monstro inimaginável de ser derrotado. DAVI também era poeta e escreveu os SALMOS, verdadeiro livro d...e poemas que compõe a Bíblia. Pois assim mesmo sou eu: tenho que vencer um monstro a cada dia. Não é nada fácil, parece impossível, assim como o era, a princípio, para DAVI, não obstante ele fosse um rei, dotado de muitos poderes. Eu me considero bela e acredito seja uma obra-prima, um objeto de arte, quiçá de um artista maior, supremo. É claro que cada um me vê de um jeito. Depende do estado de espírito do observador. E, afinal de contas, eu não sou estática. É bem verdade que tenho uma essência. Mas nunca sou exatamente a mesma a cada dia, hora, minuto segundo que se passam. Eu sou eterna, mas sou única a cada vez em que me materializo, em que entro num corpo. Quando isso acontece, eu tenho necessidade e obrigação de VIVER. Afinal de contas, o quê estou fazendo aqui, se sentar-me em um banco na praça, cruzar os braços e ficar vendo o tempo passar por mim? Não, o artista que me concebeu decerto não espera tão pouco, ou quase nada, da sua criatura! E de que adianta tanta beleza, se eu não tiver força, perseverança, altivez e amor. Amor, muito amor, a única coisa que salva, o amor, em todas as suas formas, vivido em toda a sua plenitude. Por isso vim ao mundo e apaxonei-me por ele. E o mundo também se apaixonou por mim. Eu então namorei o mundo, esse macho rico, profundo, vasto. E com ele me casei. O mundo não vive sem mim. Eu não existo sem o mundo.

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