domingo, 20 de fevereiro de 2022

PELOS CAMINHOS DESTA VIDA

 

(RÔ Campos)


Que eu siga pelos caminhos que me levem

Sempre vestida de minhas insignificâncias,

Mas livre de  algema  alguma. 


Toda forma de opressão deprime,

Faz sucumbir qualquer força animadora.

É  prisão que cega até pela luz do sol vista por uma fresta.


Pavimentei  cada palmo do chão por onde andei,

Para chegar até aqui e  seguir adiante, 

Enquanto essa estrada não tiver fim. 


Meus ombros não suportam o peso da carga que não pedi, 

Mas a minha escolha a colocou em minhas mãos. 

Julgava que fosse leve, 

Até que,  um dia,  me vi cansada do seu peso insustentável. 


De mim me quiseram assenhorar,

Mas eu sou o meu senhor.   


Agora,  eu sei e digo: quantas vezes o que hoje  nos traz felicidade,  amanhã será a causa de nossas agruras.

O mundo é  dualidade.  Ponto. 

E, assim,  hoje a tristeza se senta e a alegria  se levanta. 

Amanhã,  quem se senta é  a alegria, e a tristeza nos assusta.


Portanto,  tenho dito,  não se engane.

Todos temos dentro de nós um anjo e  um demônio. 

Às  vezes,  o demônio dorme e o anjo está acordado.

Outras vezes,  o anjo se descuida,  e dorme. E o demônio nos assedia em plena luz do dia.

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