segunda-feira, 11 de novembro de 2019

AURORA


(RÔ Campos)

Não era pra terminar assim.
Havia muita estrada no que ainda tinha porvir.
A gente rindo feito criança tonta sonhando se equilibrando na corda bamba sem medo nenhum de cair.

Fizeste tão pouco de mim porque não me querias assim:
Arco e flecha zarabatana na mão tendo por alvo o teu coração.

Fugiste no meio da noite como se o sono que me cobriu não fosse ter fim.
Me deixaste abandonada jogada no leito com cheiro de mofo em um quarto qualquer.
E eu feito louca vesti minha roupa joguei meus anéis.
Com os olhos de fogo cuspi tua boca e dedos em riste te disse te amo e te odeio sai com esse corpo do meu caminho que eu quero sair dessa prisão em que me joguei.
Abre essa porta lá fora há sol e estrelas há vida que eu quero viver.
Toma essa chave agora que já é chegada a hora o escuro ficou claro sorriu a aurora eu me libertei.
Faça com ela o que bem quiser eu não tenho mais nada com isso o teu castigo é só teu.
Adeus!

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