segunda-feira, 11 de maio de 2015

PULSAR


(RÔ Campos)

Chuva, forte chuva
Cai sobre o telhado,
Embaçando as vidraças.
Me acordo, confusa.
Corro até a janela.
Nada vejo lá fora.

(Os pássaros devem estar se guardando em algum lugar seguro - logo penso).

Não recordo que dia é hoje.
A cabeça gira a mil.
Como estarão aqueles que eu tanto amo e nunca mais vi nem ouvi falar?

Sinto frio.

Agarro o lençol de cetim e com ele me abraço.
Desligo o ar-condicionado.
A chuva continua forte.
O coração pulsa.
O relógio na parede acusa a hora.

Lembro-me de um lindo sonho que sonhei na noite passada.
O frio se vai.
A saudade entra...
Tudo que é vivo, fica.

Nenhum comentário: