terça-feira, 7 de abril de 2015

OS CACOS DO MEU CORAÇÃO


(RÔ Campos)

Muitas foram minhas penas,
Em um passado que já vai longe.
Mas os monstros não conseguiram me destruir.
Ficaram as feridas, é claro,
Caíram alguns galhos,
Mas as raízes da árvore da vida, essas, não conseguiram arrancar.

Para ti, então, mesmo sem saber,
Eu guardei tudo o que havia sobrado dos cacos do meu coração.
Justamente o melhor que havia em mim.

E depois, era Primavera quando te encontrei.
E eu te dei tudo aquilo que havia guardado para ti.
E depois que tu te foste, levando tudo o que eu havia te dado,
Aqui fiquei sem ti, sem ninguém, e sem nenhum caco para juntar.

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