sexta-feira, 18 de maio de 2012

CORAÇÃO EM CHAMAS

Tenho um hábito de, sempre que acontece um fato, uma tragédia ou uma alegria, colocar-me no lugar da pessoa afetada e escrever uma poesia. Por isso acabei de escrever esta abaixo, com o coração bem apertadinho. Ontem à noite, um frio assassino matou Orestes, quando chegava em sua casa, no conjunto Petros, por volta de 22:00h. Eu morei alguns anos no Petros (1984 a 1987), e muitos parentes e amigos meus até hoje residem lá, inclusive a vó paterna de meus filhos, o pai, tios e primos deles, minha irmã Rosalba (a mãe da Fernanda Furtado) com seu marido Puff, os pais de Adriana Vasco (a namorida do meu filho Bruno) etc.etc.etc.. A mãe de Orestes (D. Anália) mora há mais de 30 anos na casa que fica quase em frente àquela em que eu morei, na rua Benjamin Benchimol. Meu filho Éric me disse, hoje à noite, que ela está muito velhinha. Eu pensei em sua dor, porque não existe dor maior no mundo do que a de uma mãe que perde seu filho, ainda mais de uma maneira tão covarde. E eu também pensei na dor do filho do Orestes, que perdeu seu pai querido, amantíssimo, e com o coração em chamas escrevi essa poesia. Eu te perdôo E eu não te perdôo. Eu te amo E eu também te odeio. Não sabes o que é um pai; Talvez não o tenhas. Então eu te perdôo Por teres tirado a vida do meu. Mas eu também não te perdôo (Esse é um direito meu!) Pois, mesmo não sabendo o que é um pai, Covardemente me roubaste o meu. Eu te amo, porque o ódio é uma vileza. Mas hoje eu te odeio, Pelo sangue derradeiro de meu pai A se derramar sob tuas mãos imundas

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