quinta-feira, 24 de maio de 2012

A COR DÁ

(RÔ Campos)

Há dias, sinceramente, que eu acordo, me levanto, e não sei pra onde ir. Há dias que me indago, e não me respondo. Há dias que procuro nem eu mesma sei o quê, e nada encontro. Há dias que não durmo. Há dias que não sonho. Há dias em que nada faz sentido. Há dias que duvido de tudo. Há dias que tenho vontade de chutar o pau da barraca, me mandar nem eu mesma sei pra que lugar. Há dias que nada me satisfaz. Há dias em que sinto um vazio...um vazio de tudo. Há dias em que, se pudesse, mandava o trabalho pro espaço, mas eu não posso. Há dias em que a minha vontade é ficar deitada numa rede, vendo o tempo passar. Há dias que não tenho coragem de fazer qualquer coisa. Tudo é um nada. Há dias que parece que o tempo parou. Hum horror! Há dias que não sei o que é tolerância, paciência, a espera...a esperança. Ainda bem que, em todos esses dias, eu acordo dessa letargia, mesmo que seja a ferro e fogo. Tenho fé na vida. É a cor da vida que me acorda.

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