domingo, 18 de maio de 2025

O SER(?) E O NADA

(RÔ Campos)

Ninguém é o que os outros pensam

Ninguém é o que aparenta ser

Somos e não somos

A verdade às  vezes é nua 

Outras tantas vezes se cobre com o véu escuro da artimanha.


Somos a soma de todas as dores

Divisão do que não se possui

Subtração da dignidade humana

Multiplicação da miséria. 


(A terra tudo há de comer!

As águas tudo há de tragar!

O fogo tudo há de queimar!

O tempo tudo leva). 


Ninguém é 

Na fila do pão

Na fila do banco 

Na fila do SUS

Na fila da carne

Na fila do bus.


(A terra tudo há de comer!

As  águas tudo há de tragar!

O fogo tudo há de queimar!

O tempo tudo leva).


@rocampospoesia

#rocampossobretodasascoisas.blogspot.com

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