(RÔ Campos)
Ninguém é o que os outros pensam
Ninguém é o que aparenta ser
Somos e não somos
A verdade às vezes é nua
Outras tantas vezes se cobre com o véu escuro da artimanha.
Somos a soma de todas as dores
Divisão do que não se possui
Subtração da dignidade humana
Multiplicação da miséria.
(A terra tudo há de comer!
As águas tudo há de tragar!
O fogo tudo há de queimar!
O tempo tudo leva).
Ninguém é
Na fila do pão
Na fila do banco
Na fila do SUS
Na fila da carne
Na fila do bus.
(A terra tudo há de comer!
As águas tudo há de tragar!
O fogo tudo há de queimar!
O tempo tudo leva).
@rocampospoesia
#rocampossobretodasascoisas.blogspot.com
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