(RÔ Campos)
Lembro de mamãe na minha infância e adolescência, sempre uma mulher aguerrida, muito forte, destemida, um espelho onde invariavelmente procurei me mirar.
Certamente vem dela esse meu jeito de ser. Tome-se por sua coragem de dar à luz dez filhos.
E todas as vezes em que pensei que fosse sucumbir, lembrei-me dela. Mas vai longe de mim o destemor tão vigoroso de minha mãe, daqueles tempos que o tempo levou...
E hoje, atônita, descubro que, na velhice decrepta, toda fortaleza se desfaz. E o orgulho e a vaidade já nem mais são pecados capitais.
É o tempo que tudo corrói...
(*)originalmente escrito em 27.03.2018
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