quinta-feira, 6 de agosto de 2020

VOZES DO SILÊNCIO

(RÔ Campos)

Quantos silêncios ouvi quando caía o orvalho,  tal como uma lágrima furtiva!
Eram multidões caladas, falando,  gritando
Como falam as estrelas cadentes  na calada da noite
Aos olhos insones dos homens que vagam pela madrugada à procura de uma porta de  saída...

(Quanto mais se sobe os degraus da insensatez maior é  a queda).

Eles perguntam à  escuridão por que a lua se escondeu,  mas a  escuridão se cala
A voz que então se ouve é  a voz  das  estrelas candentes brilhando no céu infinito,  feito bailarinas dançando  na ribalta celestial, como a zombar da dor dos notívagos, esses zumbis perdidos  que marcham sem saber para onde...

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