sábado, 10 de novembro de 2018

FRAGMENTOS DE MEU TEXTO "CONFISSÕES"

Havia um quê de tristeza em ti.Teus olhos não brilhavam.Teu sorriso não saía.
Havia algo em ti que eu não soube assimilar. Mas pensei haver visto muita tristeza em teu olhar. Muita dúvida no teu coração. Talvez muitas perguntas, algumas delas só o tempo irá dizer.
Durante todos esses longos dias de tua ausência, foram todos eles ocupados por ti. E os fantasmas da noite me assombrando com o medo de te perder.
Eu saía por aí como que a te procurar. Te sentia em cada esquina, em cada música que ouvia, em cada trago de bebida que entorpecia os meus sentidos. E quando a madrugada fria se avizinhava, me dava conta de que estava sem teus olhos doces a me seguir, sem teus braços pra me acalmar, sem os teus cuidados.
Mas no peito a saudade me cortando, como um punhal encravado, ardendo e doendo e me consumindo...E o sangue pululando nas vielas do meu coração que agonizava.
Confesso-te, agora que te posso dizer: Como eu queria estar ao teu lado naquelas horas...
Compartilhar da tua dor e dos teus medos. Ser teu anjo e teu doutor. Mas todo esse meu desejo eu tive que guardar em segredo...
Agora, começas a trilhar alguns novos caminhos...Sem nem saberes por onde começar. Os dias seguintes te dirão.
O que importa é seguir, mesmo sem ainda nem saberes para onde. A marcha da vida não pode parar. Só a morte nos detém. Inclusive a morte dos nossos ideais, dos nossos sonhos, das nossas ilusões. Há muita gente morta que vive. Isso se chama eternidade. Mas há também muita gente viva que já morreu.
Vivamos a nossa vida como melhor nos aprouver. E deixemos o outro viver.
"Cada um de nós compõe a sua própria história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz".

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