quinta-feira, 23 de maio de 2013

MAIS ALGUMAS COISAS SOBRE O JARDINEIRO FIEL


(RÔ Campos)

Como nas cenas finais de O Náufrago, eu nunca sei o que o dia pode me trazer, depois de uma noite fria. O dia amanhece nublado e, de repente, não mais que de repente, é como se o Sol se abrisse...vez que surge um alguém muito especial, muito querido, e levanta a minha moral. Lembranças de um passado vivido e ainda tão vívido. Lembranças de outras pessoas queridas, que já partiram, mas que continuam sempre no cantinho de nossos corações. Lembranças de horinhas tão especiais, especialíssimas, que nem vendavais arrastam de minhas memórias. Sinto o cheiro de flores. Muito além do jardim. São as mãos de quem um dia jardinou meu coração, com o auxílio de suas lanternas verdes, num tempo de escuridão. Seja bem-vindo, campeão. A mesa está posta. A cama arrumada para você descansar sua mente exausta. O meu coração, em desalinho, aguardando a hora da tua chegada. Ansiosa, penso ter ouvido alguém tocar a campainha, corro para abrir a porta. Olho para o relógio no pulso...Santo Deus, acalma esse coraçãozinho!!! Lembro de Veríssimo (o escritor, Érico Veríssimo), que escreveu em sua trilogia O TEMPO E O VENTO: "como o tempo demora a passar quando a gente espera!". Está chegando a hora, uma voz me fala baixinho ao pé do meu ouvido. Ele não vai demorar. Finalmente, eu me lembro: ele nunca me deixou; apenas adormecemos um pouco!!!

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