(RÔ Campos)
... E ainda hoje eu me vejo sonhando os teus sonhos
(aqueles que plantaste nos jardins da fantasia);
pintando os quadros que pintaste com as cores da Primavera (mesmo quando chovia e o céu era coberto por nuvens pesadas); olhando teus olhos grande mar aberto, céu azul,
E, pela manhã, colhendo as conchas que o mar exausto deixava na areia, quando vinha para descansar, naquele movimento de vai e vem,
Vai e vem
Vai e vem,
Até se deitar sobre mim e, sedento, beijar minha boca como se fosse um cais...
E me tomar pelos braços e passo a passo me fazer tua Ilha, teu porto seguro.
E ainda hoje eu me vejo pensando nas madrugadas que atravessavam a escuridão até vislumbrar os primeiros raios de luz
Trinta dias, trinta noites...
Quando as horas teciam os nossos destinos:
Tu voltando para casa após longa viagem por outros continentes, e eu aqui, tua Ilha,
Sem o teu mar a me cercar
Sem o teu céu a me cobrir.
*escrito em 26 de outubro de 2015
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