(RÔ Campos)
Há muita gente que não tem ninguém a lhe esperar.
Há muita gente que não tem nem para onde voltar.
Mas há sempre uma mãe esperando por um filho.
Há sempre um filho esperando por um pai.
Há sempre alguém esperando por um outro alguém,
Mas esse alguém não vai voltar.
Nesta noite, ainda cedo,
Eu ouvi os estampidos dos tiros,
E logo soube de um corpo matado, morrido.
Disseram parecia um garoto.
Desses que há muito já não sabem
Nem mesmo o que é sonhar,
Muito menos o que é viver.
Não sei o que ele fez,
Ou o que deixou de fazer,
Pra morrer tão triste assim.
Só sei que, nesta noite,
Deve haver uma mãe esperando
Pelo filho que não vai voltar.
Chora, mãezinha, chora!
O amanhã não vai chegar.
Chora, mãezinha, chora!
Pois teu menino não vai voltar.
@rocampospoesia
#ALCAMA
(*)13.11.2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário