(RÔ Campos)
Que eu siga pelos caminhos que me levem
Sempre vestida de minhas insignificâncias,
Mas livre de algema alguma.
Toda forma de opressão deprime,
Faz sucumbir qualquer força animadora.
É prisão que cega até pela luz do sol vista por uma fresta.
Pavimentei cada palmo do chão por onde andei,
Para chegar até aqui e seguir adiante,
Enquanto essa estrada não tiver fim.
Meus ombros não suportam o peso da carga que não pedi,
Mas a minha escolha a colocou em minhas mãos.
Julgava que fosse leve,
Até que, um dia, me vi cansada do seu peso insustentável.
De mim me quiseram assenhorar,
Mas eu sou o meu senhor.
Agora, eu sei e digo: quantas vezes o que hoje nos traz felicidade, amanhã será a causa de nossas agruras.
O mundo é dualidade. Ponto.
E, assim, hoje a tristeza se senta e a alegria se levanta.
Amanhã, quem se senta é a alegria, e a tristeza nos assusta.
Portanto, tenho dito, não se engane.
Todos temos dentro de nós um anjo e um demônio.
Às vezes, o demônio dorme e o anjo está acordado.
Outras vezes, o anjo se descuida, e dorme. E o demônio nos assedia em plena luz do dia.
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