(RÔ Campos)
Oh! Meu Deus! Meu pai!
Não sei mais o que fazer
Se fico em casa com essa tristeza me sinto segura
Mas minha felicidade mora no lado de lá.
Aqui dentro vejo o dia amanhecer, a noite chegar,
Ouço os pássaros cantando, vejo o sol se pondo, a lua chegando
Meu coração acelera, quer bater pernas, ganhar o mundo,
Mas o medo fala mais alto e logo vem me acovardar.
Eis-me aqui nesse duelo medonho
Entre a alegria e a cruel melancolia
A sede e a vontade de beber:
Se ficar dizem que posso escapar
Se sair o maldito corona pode me pegar.
Por isso eu te peço, meu Deus! me proteja
Me deixa ir aonde chora o cavaquinho, ronca a cuíca, retumba o surdo, toca o pandeiro, cantam os poetas e as poetisas, as cabrochas sacodem as cadeiras, chacoalha o meu ganzá...
É lá que a tristeza vai embora e sou feliz. É lá o meu lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário