(RÔ Campos)
Hoje vi teu sorriso aquele mesmo
Que numa noite feliz se abria
E quando se fechava tocava meus lábios por inteiro.
Estava estampado em postagens no Facebook
De amigos parceiros saudosos.
Te foste assim tão ligeiro menino
Para habitar constelações outras
E no nosso céu as estrelas se recolheram.
Para driblar a saudade deveras fustigante
Resolveram brincar de fazer de conta
Mas quando se deram conta
Todos contavam a mesma dor.
Te foste assim tão ligeiro poeta
Que poesias tantas deixaste aos pedaços que agora são rastros nas trilhas traçadas nas noites insones a vagar
E no coração de quem tanto te ama tão cheio de ti um vazio profundo.
Muitos ainda se fazem perguntas
Como baratas tontas que se põem a voar.
Por onde andas a poetar agora ninguém sabe
Alguns se lançam em elucubrações tantas querendo te encontrar.
Mas deixaste tudo de ti nas tantas poesias que compunhas
Essas canções que nos falam da terra, do ar, do fogo, do amor, da beleza, do ser e existir.
Te foste assim tão ligeiro menino
Com o grito preso na garganta da gente
O jantar posto na mesa, a cama arrumada, a vela acesa.
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