(RÔ Campos)
Prefiro o “Nada” a “Qualquer Coisa”.
Prefiro também a solidão
Do que estar em má companhia.
Prefiro o silêncio da boca
Ao beijo de outra boca sem palavras.
Prefiro a fome, o não saciar,
Ao sexo exclusivamente carnal;
Aprecio sexo verbal.
Deus me livre de um homem pobre, vulgar, preconceituoso,
Que não tenha um pouco de poeta,
Que não tenha um pouco de louco.
Que desconheça os caminhos da jugular.
Que não saiba como chegar,
Ser amigo e amante,
Macho e cantante,
Errante, perdido,
Nas profundezas de uma mulher.
Deus me livre de um homem pequeno,
Na abundância de meu mundo:
Que nunca se farta com coisa pouca
E prefere o “Nada”,
A andar em má companhia,
A “qualquer coisa”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário