(RÔ Campos)
Parece que quase ninguém pensa,
Nem se pôs ainda a descobrir, sentir,
O infinito que vive
No universo que somos nós.
Todos os que partiram
Levaram um pouco de nós,
Mas também deixaram um pouco
deles dentro da gente,
No infinito particular de cada um.
A finitude da matéria é real, concreta.
Ela se decompõe como tudo o que vive,
Pois tudo o que vive morre para renascer.
É o que vive nas paredes da memória,
Essa saudade que nunca morre,
Isso é o infinito de todos nós.
Todos os que amamos e que se foram antes de nós
Viverão para sempre
Nesse amor infinito,
Na infinitude da alma,
No acalanto da rede que o vento da saudade embala.
E assim será por todos os séculos dos séculos.
O infinito de cada um de nós não se esgota, não se exaure, não se descuida.
Todos vivem!
São eles os elos que vivem em nosso infinito e não se dissipam jamais.
Isso é a eternidade.
Vão, e ficam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário