quinta-feira, 18 de julho de 2024

O INFINITO QUE VIVE EM NÓS

(RÔ Campos)


Parece que  quase ninguém pensa,

Nem  se pôs ainda a descobrir,  sentir,

O infinito que vive

No universo que somos nós. 


Todos os que partiram

Levaram um pouco de nós,

Mas também deixaram um pouco 

deles dentro da gente,

No infinito particular de cada um.


A finitude da matéria é real, concreta. 

Ela se decompõe como tudo o que vive,

Pois tudo o que vive morre para renascer.

É o que vive nas paredes da memória,

Essa saudade que  nunca morre,

Isso é o infinito de todos nós. 


Todos os que amamos  e que se foram antes de nós

Viverão para sempre

Nesse amor infinito,

Na infinitude da alma,

No acalanto  da rede que o vento da saudade embala. 


E assim será por todos os séculos dos séculos.


O infinito de cada um de nós não se esgota, não se exaure, não se descuida.


Todos vivem!


São eles os elos que vivem em nosso infinito e não se dissipam  jamais. 


Isso é a eternidade. 


Vão,  e ficam.




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