(RÔ Campos)
O que mais dói em mim
É nunca ter sentido
Que doía muito em ti
Essa dor que agora sinto.
Uma dor que alucina
Que me invade, me anula
Castiga, denuncia
Uma dor que se acumula.
O que mais dói em mim
É ter me cegado à luz do dia
Fechando os olhos para ti
Supondo que eras feliz, porque rias.
O que mais dói em mim
É o silêncio que hoje me apavora:
Não saber o que é feito de ti
Nem o que são tuas memórias.
O que mais dói em mim
É esse medo que me devora:
Que vivas a esperar por mim
E eu, covarde, não sei ir embora.
(*) 31.03.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário