(RÔ Campos)
Tantas palavras em vão,
No vão da porta que se fecha,
No vácuo que se abre,
No clarão da tua estupidez·
Para essa tua cegueira,
Procuro te mostrar algumas coisas que vi, que sei.
Mas tu nunca sabes,
Nunca vês,
Cegado sempre pela mentira da vez.
Para essa tua ausência de uma nobreza tal,
Só me resta o meu silêncio, a luta,
Para escaparmos desse umbral.
Dizes que é dia, Quando a noite cobre o céu·
Que não há dor nem fome
Na cabeça e na boca do homem·
Mas eu então te replico:
Só a comida não sacia a sede e a fome de viver·
"Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora
não espera acontecer".
"Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer".
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