(RÔ Campos)
Você tem um rosto,
Mas eu não sei quem você é.
Você às vezes conversa comigo,
Mas eu não sei se é você.
Às vezes, você some.
Eu, então, sinto saudades
De quem nem sei se é.
Talvez alguém, ou, quem sabe, ninguém.
Só sei que a saudade vem.
Depois tudo se vai.
Como barcos, que um dia zarpam,
Noutros, aportam em um novo cais.
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