(RÔ Campos)
Quantos silêncios ouvi quando caía o orvalho, tal como uma lágrima furtiva!
Eram multidões caladas, falando, gritando
Como falam as estrelas cadentes na calada da noite
Aos olhos insones dos homens que vagam pela madrugada à procura de uma porta de saída...
(Quanto mais se sobe os degraus da insensatez maior é a queda).
Eles perguntam à escuridão por que a lua se escondeu, mas a escuridão se cala
A voz que então se ouve é a voz das estrelas candentes brilhando no céu infinito, feito bailarinas dançando na ribalta celestial, como a zombar da dor dos notívagos, esses zumbis perdidos que marcham sem saber para onde...
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