segunda-feira, 4 de maio de 2015

CONFISSÃO


(RÔ Campos)

Ah, chegaste tão devagarinho.
Foste entrando de mansinho.
Quando dei por mim, já havias entrado.

Mas riste tanto quando te contei,
Que fiquei meio assim, desajeitada.
Peguei a chave sobre a mesa,
Liguei o carro e sumi, envergonhada.

Não devia ter confessado.
Seria melhor ter guardado o meu segredo.
Mas agora que te confessei,
Já nem sei o que será de nós,
Da próxima vez. No próximo trago.
Quem sabe, um adeus...

Eu devia ter tido mais cuidado. Agora eu sei.
Muito aprendi sobre corações dilacerados.
Mas acabei me descuidando , caindo
Em uma espécie de emboscada, que eu mesma engendrei.
É que esperei tanto por aquele instante,
Que tropecei em meus próprios pés...E te assustei.

Mas, já que agora fui descoberta em flagrante
Confissão, a rainha das provas,
Eu te prometo. Vou guardar sob sigilo,
Esse mais novo segredo:
Meu coração ainda é teu.

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