Não sei o quê me trará o amanhã
Quando o sol tocar os negros cabelos da noite
Despertando a manhã preguiçosa,
E puser as pernas no mundo.
Não sei o quê me trará o amanhã
Quando a madrugada se trancar
O Sol abraçar o dia
A rosa-menina no meu jardim se abrir
Cantar o beija-flor, o bem-te-vi.
Não sei o quê me trará o amanhã
Quando o dia se levantar
Sair, correr, sorrir, cantar
Beijar a face ensolarada da tarde.
Não sei o quê me trará o amanhã
Quando a chuva molhar o Sol
Saciando a sede do chão, do verde
A água correr pro rio
O rio desembocar no mar.
Não sei o quê me trará o amanhã
Mas hoje, ainda, o dia beijou a tarde e namorou a noite
Confesso que vivi!
Porque o dia é hoje
Amanhã um de nós pode partir.
(Rô Campos, em 23/09/2010)
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