sábado, 21 de setembro de 2024

FICÇÃO

(RÔ Campos)


Há caminhos que não se sabe

Não têm sul nem norte, direção. 

O horizonte é mera ficção. 


A vida é uma viagem

Sem bilhete nem apólice

Nada é seguro,  só o amor

Tudo o que vive,  morre.


Fingir talvez seja uma saída 

Sorrir na mesa de bar

A tristeza não se divide

Melhor manter em segredo

A dor que teima no peito.


@rocampospoesia



sexta-feira, 20 de setembro de 2024

SOB AS BÊNÇÃOS DE JORGE

(RÔ Campos)


Se a nuvem passar eu vou

Se a dor me deixar eu vou

Pro samba  a tristeza espantar. 


Mas se o inimigo insistir em ficar

Se a dor me assediar

Esse banzo não vai me deixar.


Mas  aprendi  com o tempo a lição

Sob as bênçãos de Jorge nada há a temer

A tristeza um dia há  de passar

Só o samba não pode parar.


@rocampospoesia



terça-feira, 17 de setembro de 2024

A CHAVE RODOU

 L

(RÔ Campos)


Tá na hora de ir embora

Sai da minha aba, seu encosto

A tua vez já passou

Não me  deste nenhum valor

Veio outro e me valorizou.


Supera, homem,  supera

A chave rodou por inteiro

Vai cuidar da tua vida

Pois da minha  cuido eu

E eu só quero é ser feliz.


Segue o teu caminho

O tempo é curto e corre ligeiro 

E a vida é muito rara

Procura outra pra te aturar 

Eu tenho pressa de viver. 


*Lendo diversos  comentários em uma matéria postada no Face (não me lembro  quem postou), há pouco,  sobre a dor de cotovelo do ex-da Ana Hickmann, o qual reclamou que ela estaria gastando dinheiro com o noivado com o Edu Guedes antes da  partilha dos bens, deu nessa sofrência deste texto. Basicamente, compilei alguns comentários, incluí  outras palavras/frases, e taí. 

VIVER TEM DESSAS COISAS

 

(RÔ Campos)


Os dias seguem em disparada,

Alguns mornos,  quentes, amenos; 

Outros  tantos nem mais nem menos.


Tenho deixado para trás as coisas de que gosto. 

Na verdade,  elas já não são mais as mesmas. 

Desfiguraram-se entre as brumas do tempo. 


Tudo mudou. 


Sinto-me deslocada.

Como se não pertencesse mais a este mundo,

Que na verdade nunca foi meu. 


O ódio grassa.

A maldade é insidiosa.

Somos todos caminhantes indo para lugar nenhum. 


Tudo parece me maniatar.

Fujo, procurando me livrar dessas algemas

Que a todo custo querem porque querem me prender.

Tento me equilibrar nessa corda  bamba que é a vida.


Manter o meu cérebro ativo deve ser necessariamente a palavra de ordem. 

Senão o inimigo vem e me passa a rasteira.

Preciso de sanidade para administrar esse hospício que me circunda e os loucos que o habitam.


Mas viver tem dessas coisas:

Quando pensamos que tudo está sob controle, 

Vem a ventania e rebenta tudo. 


@rocampospoesia