sábado, 29 de maio de 2010

REINE SOBRE MIM

Há dias, antes de ficar sem net por quase uma semana, assisti na TV Amazonas ao filme Reine Sobre Mim. Quando sintonizei no canal o filme já havia começado, mas deu para assimilar toda a história. É óbvio que não se trata de grandes produções cinematográficas, porém, a película é, sem dúvida, comovente. Não sei se foi baseado em fatos reais, no que diz respeito ao protagonista, mas o enredo gira em torno de dois antigos amigos que se reencontram: Charlie e Alan. Charlie perdeu a esposa e 3 filhas em um acidente de avião (um daqueles que se chocaram propositalmente com as torres do World Trade Center, no atentado terrorista de 11 de setembro). Alan atravessava um momento delicado de sua vida, sobrecarregado com os deveres com a fa mília e o trabalho, ou seja, havia chegado naquele ponto da vida em que não nos conformamos com nada, achamos que o mundo todo está errado e nós é que somos os certos e queremos mudar o mundo, ao invés de tentarmos mudar a nós mesmos (Humanos, somos demasiadamente humanos!). Confesso que houve momentos no filme em que ora sentia emoção, ora angústia, pois voltei ao 11 de setembro e parecia que o estava vivendo naquele instante: as imagens dos aviões se chocando com as torres eram semelhantes a cenas de filme de ficção. Os choques e tudo o que se seguiu acredito que esteja na memória do mundo. Então fiquei imaginando quantas pessoas realmente não teriam passado por situações semelhantes àquelas do filme. E o dia seguinte? E depois? E depois? Mais de mil pessoas mortas num dos mais cortantes episódios da vida não só do povo norte-americano, mas de todos nós. No filme, Charlie passou a viver fugindo de si mesmo, negando-se a encarar o ocorrido, desviando-se do enfrentamento. Havia também um sentimento de culpa por não haver dado importância a um pedido da mulher, que tanto amava, relacionado a uma reforma na cozinha da casa. Alan atirou-se de cabeça para ajudar o amigo, e seus problemas de relacionamento com a mulher e no trabalho só aumentavam. Moral da história: Charlie sobreviveu emocionalmente graças à ajuda de pessoas que, na vida real, fazem a diferença neste mundo louco. Charlie também fez a diferença na história de Alan, que tratou de reconciliar-se com a vida e com a esposa. E assim é a vida: quando começarmos a observar os detalhes, a darmos importância às coisas simples, às pessoas que amamos; quando buscarmos entendimento para o fato de que tudo nasce e tudo morre (outras elucubrações agora não nos interessa); quando colocarmos em nossa cabeça que o melhor é estarmos em paz, todos os dias, com nossa consciência, com os entes queridos e com os estranhos, sintonizados com a anergia do bem, deixando-o acordado e mantendo adormecido o demônio que mora dentro de cada um, com a prática de atitudes de respeito e amor ao próximo; quando começarmos a aceitar que a vida terrena é simplesmente uma passagem seja lá para onde, por quê e para quê, e que devemos vivê-la e não desperdiçá-la; quando só fizermos aos outros tudo aquilo que também faríamos a nós; quando entendermos que todos nós vamos morrer um dia, que tudo fica e nada levamos; quando entendermos que somos humanos, demasiadamente humanos, que acertamos e erramos e que nossa vida é feita de escolhas; quando enfrentarmos o resultado de nossas decisões e nos conscientizarmos que somos responsáveis por todos os nossos atos, impondo-nos, portanto, assumi-los; Quando, cientes de nossa condição humana, aceitarmos que erramos, levantarmos e sacodirmos a poeira e darmos a volta por cima (como diz a letra da música), continuando o nosso percurso nessa longa estrada que sequer sabemos onde vai dar; quando nos arrependermos de verdade ao magoarmos e prejudicarmos as pessoas, perdoando-nos primeiramente a nós mesmos (em reconhecimento ao erro), num sinal de que não mais procederemos de forma tão infame; quando invocarmos, sinceramente, a Oração da Serenidade, quem sabe poderemos sentir a vida não como um fardo, mas como um aprendizado, sem faltarmos um dia de aula (as faltas influem nas avaliações e refletem no currículo). Ao final, sairemos pós-graduados e o conhecimento conduz o homem à compreensão dos atos e fatos da vida.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

SOBREMUITASCOISAS

Gente, fiquei sem net desde quinta passada, dia 20. E tanta coisa se passou que nem pude registrar. Vou condensar tudo nesta postagem.

1) FOI-SE PARA A ETERNIDADE NOSSA SEMPRE PRIMEIRA-DAMA

O mundo está menor. Nós, amazonenses, estamos menores. A música chora. Foi-se, subitamente, para a eternidade, nossa sempre primeira-dama Maria Antonieta Verçosa (Antonieta Mestrinho). Não precisamos dizer muita coisa. A história de vida de Antonieta fala por si. Mas diremos da saudade que desde logo se apossa de nosso peito. Saudades daquela que nos deixa a todos um dos maiores exemplos de amor ao próximo, à vida e à música. Pouco tempo convivi com dona Antonieta, principalmente no ET BAR. O bastante para admirá-la e reverenciá-la sempre e sempre. Disse-me um amigo, ontem, que via em dona Antonieta a RÔ do futuro, deleitando-se com a música até os últimos dias. Eu concordo, mas só nisso e no modo de viver a vida plenamente. No restante, dona Antonieta é única, inigualável. Sua riqueza e humildade, elegância e simplicidade, alegria e comedimento. De um amor tão profundo que só almas evoluidíssimas são capazes de atingir. Tentar seguir seu exemplo já seria um belo começo.

2) ACÚSTICO ANTONIO PEREIRA

Inverti a ordem cronológica dos acontecimentos porque não poderia falar sobre qualquer outro assunto antes de comentar sobre "nossa princesa" (uma das formas como chamávamos dona Antonieta).
Foi realmente indescritível a noite do dia 21 passado, sexta-feira. Acústico Antonio Pereira no Fino da Bossa, com a participação especial do violeiro paranaense Aleccir Carrigo. Mas não parou por aí. O que não faltou foi participação especial. Gente, foram mais de 4 horas de música, muita música e deleite no novo Fino da Bossa, que recebeu um lindo público sedento de Pereira, além de muitos amigos músicos saudosos de um encontro desse naipe. Foram inevitáveis e nota dez as palinhas de Lívia Mendes, acompanhada no violão pelo querido Zotti, e o próprio Zotti, solo; Zeca Torres (o Torrinho), que também fará seu acústico no próximo dia 02, no mesmo local; Gean Sales, mandando ver com canções ma-ra-vi-lho-sas; Jorge Edu, que também aproveitou e filmou o show inteirinho; Jaime Pereira (hummm, matou nossa saudade, hein, veio...); Taniuska (Jesus, que voz bela!!!!!)e, no final, reuniram-se Candinho Junior, Jefferson (filho do Jorginho e da Vera), Dimas (filho da Alice) e o primogênito de Ismael e preta Suzana. Foi o máximo! A garotada se esbaldou. Pensem numa noite linda, que começou às 23:15 e só terminou às 4 horas da manhã.

3) ACÚSTICO ZECA TORRES (TORRINHO)

Agora, já estamos esquentando as turbinas para o Acústico Zeca Torres, o nosso queridíssimo Torrinho, que também encontra-se há mais de 1 ano afastado dos palcos manauaras, mas nem por isso Torrinho está parado. Nem pode. Zeca Torres é um amante da música e não saberia viver sem ela - segundo ele, sua única e fiel companheira. Zeca Torres é um compositor voraz e brilhante, que conta com parcerias memoráveis ao longo de sua carreira: o eterno poeta Aníbal Beça; o também poeta Aldísio Filgueiras (parceiro na música Porto de Lenha, considerado o hino da cidade de Manaus); o amazonense Célio Cruz; o cearense Eudes Fraga; o paraense Marcio Farias e tantos outros daqui de Manaus e alhures. Zeca Torres apresentará o seu Acústico acompanhado dos músicos Bernardo Lameiras, no contrabaixo, e Knisson, na percussão, com início previsto para as 23:00 horas. Couver individual de R$ 7,00 (sete reais). A exemplo do Acústico Antonio Pereira, o show só tem hora pra começar, e contará com várias participações especiais, inclusive do carioca mais amazonense que pode existir, Robertinho Chavez (ex-integrante do Grupo Carrapicho), que estava há vários anos morando em Petrolina/PE, e agora encontra-se, novamente, residindo em Manaus. Vai ser realmente imperdível!!!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

UMA ALMA PORTUGUESA

Que felicidade! Fui ao supermercado no final da tarde de ontem e, ao retornar para casa, liguei a TV. Programa Conexão Roberto D'ávila, na TV Cultura, com a brilhante entrevista da professora Emérita e Acadêmica Cleonice Berardinelli, a qual girou em torno, basicamente, da literatura e poesia portuguesas. O que não faltou, lógico, foi Fernando Pessoa e Camões, dentre outros. Que entrevista eletrizante! Sintonizei-me, nasceu a inspiração e escrevi o poema a seguir:

"ANJO E DEMÔNIO"

"Mora dentro de mim um desejo indizível de expandir-me.
Mora dentro de mim um desejo latente de transbordar-me.
Mora dentro de mim um quê que me abre, que me fecha.
Mora dentro de mim uma saudade nunca derradeira; uma vontade de viver - e morrer jamais.
Mora dentro de mim um poeta, um cantador, a palavra e o eco.
Mora dentro de mim uma alma penitente, renitente, persistente;
Uma alma que ri e que chora;
Um chorar por mim e por ti, que sempre chora, que nunca ri.
Mora dentro de mim, à minha revelia e sob o meu olhar que condescende, um carcereiro.
E moram dentro de mim asas que me levam a voar, voar, voar...
Mora dentro de mim um coração franzino,
Que tem alma de menino,
Que faz-me crer que desfruto do tempo - de todo o tempo do mundo,
Para viver e amar e gozar demasiadamente.
Mora dentro de mim uma luz que acende quando a escuridão se avizinha.
Mora dentro de mim um grande Bem, um farol, cujo mal espanta.
Mora dentro de mim um querer tanto.
Mora dentro de mim um prazer por amar hoje mais que ontem.
Mora dentro de mim um êxtase, um transcender.
Mora dentro de mim um eterno desejo de descobrir, o conservador e o novo.
Mora dentro de mim a vontade de saber e de não saber se o saber me diz que não saber às vezes é melhor, ajuda a viver.
Mora dentro de mim a essência do ser, a semente do viver, a alegria de amar incondicionalmente.
Mora dentro de mim um anjo e um demônio.
O anjo está sempre acordado; o demônio dorme."

domingo, 16 de maio de 2010

VIVENDO A VIDA, SIMPLESMENTE.

Fiquei feliz ao receber uma mensagem, hoje, de um grande e amado amigo, em esposta à postagem de ontem, a respeito do exemplo de superação do pianista e maestro João Carlos Martins. Imediatamente, enviei a mensagem abaixo para ele, que quero compartilhar através desta nova postagem.

"Poxa vida, fiquei tão emocionada com suas palavras que você nem pode imaginar. Mas a verdade é como você disse mesmo, acabamos unindo forças com nossas trocas, nossas conversas. É por isso que o homem não sobreviveria se fosse só, pois o que permite a vida é exatamente esse "todo" que acabamos formando no universo. Quero também dizer uma coisa pra você: tenho passado por muitas, mas muitas coisas realmente pesadas, mas, a grande maioria foi resultado de minhas ações. Esse reconhecmento, essa certeza, acaba me fortalecendo. Sou humana, demasiadamente humana. Nossas vidas são feitas de escolhas, de decisões. Obviamente que nunca desejamos o pior para nós. Entretanto, errar é inevitável, porque a vida não é simplesmente uma ciência exata. Viver é exato, até que a morte vem e nos arrebata. Mas a vida sequer é uma ciência. Viver é uma arte. Viver é a própria expressão da arte. E o que os artistas fazem com a sua arte? Anos a fio a vão lapidando, procurando a perfeição, que, por sinal, jamais irão encontrar, pois a perfeição é o fim de tudo. Por isso a própria natureza é inacabada. Erra quem diz que ela está pronta.
Então, meu amigo querido, comece a aceitar-se como um ser imperfeito, que faz escolhas certas e escolhas menos certas, mas que jamais desiste das ribaltas da vida. Comece a pensar que coisas também acontecem, independentemente de sua vontade, porque assim é a vida. E Nietzsche disse para não procurarmos explicações para tudo, porque nem tudo se explica, simplesmente acontece. O importante, finalmente, é que ao menos tentemos levar a vida como diz a Oração da Serenidade, muito invocada pelos Alcoólicos Anônimos: "Deus, conceda-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para reconhecer a diferença".Ah, muito importante, também, é sempre tratarmos os outros como gostaríamos que nos tratassem. Só assim não padeceremos de culpa (a culpa é a certeza de que magoamos). Porém, como tudo na vida é dual, a culpa também tem o seu lado bom, pois é através dela que reconhecemos que erramos, podendo brotar a semente do arrependimento verdadeiro, que poderá gerar a busca, antes de tudo, do auto-perdão.

sábado, 15 de maio de 2010

MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS: UM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

Eu já conhecia a história de superação do pianista e hoje maestro João Carlos Martins. Mas não a sabia nos mínimos detalhes. Hoje, na reprise do último capítulo da novela global Viver a Vida, fiquei absolutamente emocionada com o relato sobre todos os enfrentamentos vividos por esse grande artista que honra o nosso país, aqui e alhures. Um exemplo clássico de que nunca devemos desistir nem nos entregarmos, seja em que circunstância for. Verdadeiramente, tudo é possível na natureza. É do ex-presidente americano Richard Nixon a frase: "Um homem não está acabado quando enfrenta a derrota. Ele está acabado quando desiste". Nunca mais vou esquecer a parte final do filme "O Náufrago", quando o personagem do ator Tom Hanks diz mais ou menos assim: "E eu sei o que eu tenho que fazer agora. Eu tenho que continuar respirando, porque quem sabe o que a maré me trará amanhã?"
A linda história do pianista João Carlos Martins, que, impedido, por várias razões, de tocar piano, resolveu tornar-se maestro para continuar seu trabalho com a Música, é uma demonstração de que ela remove montanhas, derruba obstáculos, aniquila o desânimo, transcende.
Ao término da novela, lembrei-me do poema abaixo, que escrevi no ano passado, quando passava por um momento absolutamente delicado em minha vida. Era madrugada e não conseguia dormir. Estava em estado de desânimo, prostração total. Estabeleceu-se um verdadeiro duelo de pensamentos. Felizmente venceu aquele cujas vozes me diziam para não desistir nunca, enquanto houver Sol, esse verdadeiro Ser que nos dá vida a todos na terra.

"ENQUANTO HOUVER SOL"

Não desista agora,
Ainda é possível.
O relógio nunca para de marcar a hora.
O amanhã virá, mesmo que o Sol não saia.
Fugir não faz sentido.
Eu sei, você sempre pode.
Há vida do lado de fora,
Além da morte de nossas ilusões.

Vem, me dá tua mão,
Vamos seguir em frente,
Buscar o que deixamos pra trás,
Redescobrir nossos sonhos..

Eu sei, acreditar é difícil,
Mas basta abrir o coração.
Não desista agora,
Ainda é possível.

A noite é escura e assombr,a
Bem sei
Mas nós confiamos no Bem,
Não tememos fantasmas.
Tantas foram as estradas que já passamos,
E amanhã, quando o dia acordar,
Teremos vencido o medo.
Não desista agora,
Ainda é possível.

Olhe, o inverno já se foi.
É chegada a primavera.
As flores estão se abrindo,
Os pássaros cantando.
O mundo é dualidade:
Às vezes somos alegres, às vezes tristes,
Mas, creia, viver é sempre uma possibilidade.
Por isso, espere até amanhã,
E depois de amanhã, e depois, e depois,
Mas não desista agora.
Ainda é possível.

Veja como o Sol nasce e morre todos os dias,
E quando ele renasce, já não é mais o mesmo Sol.
Cada dia é uma renovação.
Assim também somos nós,
Partes deste mundo tão sensível.
Por isso, eu te digo:
Não desista Nunca.
Sempre é possível,
Enquanto houver Sol."

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A ILHA DO AMOR

Ilha do amor, da vida, da alegria, da felicidade, de tudo o que há de bom neste planeta, tudo isso é São Luis do Maranhão. Já conhecia quase todas as capitais do Nordeste, à exceção de Terezina e São Luis. Em sonhos, eu já tecia uma história de amor com São Luis. Cada vez que eu lia alguma coisa sobre a ilha, a sua história, ou que via algo na TV, tudo me intrigava. Nada foi diferente do que concebi em minha imaginação: um povo gentil, sorridente e feliz, apesar de toda a adversidade e da família Sarney. A magia circunda toda a ilha. O cheiro do mar, o brilho das estrelas, o sol que bronzeia. Uma nação regueira que luta para manter viva suas raízes, apesar das abomináveis "radiolas". O bumbá-meu-boi que reina quase o ano inteiro. O colorido da África. Lamentavelmente, deixei para o segundo e último dia (à noite, por sinal) para visitar o Centro Histórico, porque durante o dia, obviamente, fui às praias. Que tristeza! Senti-me em casa, em Manaus. Caiu uma chuva tão forte, mas tão forte, que não me foi possível sair do taxi e subir e descer as imensas ladeiras e escadarias daquele lugar indescritivelmente lindo, muito menos conhecer o artesanato exposto à venda nas inúmeras bancas. Felizmente, o taxista ainda me mostrou, numa parte bem alta, os Palácios do Governo, da Prefeitura e da Justiça, bem como a Catedral da Sé. Encantada, esse é o termo. Arrepiada, com tanta coisa me passando pela cabeça. Estava diante de boa parte da História do Brasil, da abominável escravidão, da exploração europeia naquele pedaço de nossa nação. Não pude tirar fotos por causa da chuva. Mas está tudo gravado em minha memória. Acima de tudo, fui presenteada em São Luis. Meu presente foi Cícero, o taxista, meu cicerone. Cicerone, pra quem não sabe, vem de Cícero. Absolutamente incrível. Cícero, inteligente, educado, política e socialmente esclarecido, de tudo sabia nem que fosse um pouco, além de conhecer a ilha, talvez como ninguém mais. Se você for à ilha, a serviço ou a passeio, não titubeie:Ligue-Taxi (grátis) (98) 3222-2222, peça o motorista da Unidade 072, Cícero Morais. Você vai se deliciar! Até breve, São Luis. Logo logo eu volto lá, nem que seja montada na onça. É pedra de responsa. Comerei com imenso prazer um saborosíssimo arroz-de-cuxá nos bares da Avenida Litorânea. Eita orla linda, meu São Luis Gonzaga!!!!

sábado, 8 de maio de 2010

MÃE

Este eu escrevi há pouco mais de um ano, quando meditava sobre o ente "mãe", mais particularmente sobre a minha mãe, no comecinho (que, felizmente, não passou disso até hoje)desse mal que tanto nos assombra, diagnosticado por um alemão de nome bem feinho. Só compreendi a profundidade da maternidade quando fui mãe. Eita paraíso esse... Mas me disse um amigo, ontem à noite, que mãe é o ser mais egoísta que existe na face da terra. Será? Agora, ninguém merece uma mãe Ingrid (a mãe dos gêmeos, na novela global Viver a Vida) não é não?


MÃE

Mãe,
Muito estive refletindo sobre ti
Busquei saber qual a fonte de onde retiravas tanta coragem
E só obtive resposta quando pari.

És a única guerreira que combate sem armas
E possuis uma reserva de amor inesgotável.
Amas de verdade e tua vida é amar.
És o consolo para as dores de nossas lágrimas perdidas
Tens a força de um touro,
Diante de qualquer ameaça à vida de teus filhos.
A tua coragem atravessa inabalável a escuridão.
Só em teus braços nos sentimos seguros.
Apenas sob o teu olhar temos garantias.
O medo se vai com tuas palavras.
És forte como o aço e valorosa como o ouro,
Terna como uma flor.
Em cem filhos, não nos damos a ti
Tu, sozinha, és o bastante
Para sete vezes sete rebentos
Tu és como a terra, oh, mãe!
De onde retiramos todos os nutrientes para a vida
Em cujos seios fartos nos alimentamos.
Tu és ainda como a terra, onde a semente germina
És o ar, o hálito da manhã
A estrela que nos abre os caminhos
A água que sacia
És o sal da vida
A doçura que transforma o acre
Amor transbordante, insone,
Amor que perdoa,
Amor que se doa
Eterno.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

EXPECTATIVA: BENÇÃOS DE SÃO LUIS DO MARANHÃO

Êba! o dia está bem mais próximo do que eu pude sonhar. Estou numa correria total, providenciando minha viagem domingo próximo, para Imperatriz, no Maranhão, a serviço da advocacia. É meu presente do dia das mães, sem dúvida alguma. Passo a segunda-feira inteirinha em Imperatriz e, à noite, sigo, finalmente, para São Luis do Maranhão, pra ilha do amor. Serão 48 horas inesquecíveis, tenho certeza. Vou buscar as bênçãos de São Luis do Maranhão, para assossegar meu coração, que bate tum-tum-tum, num tambor do Maranhão. É exatamente assim que digo num poema que escrevi no final de novembro passado, que, a meu pedido, já ganhou uma melodia daquele cujas mãos são uma canção, a qual ainda não tive o prazer de conhecer.

"Teu sorriso,menino travesso, é tão lindo
Como o Sol que se escancara para a vida
No brilho do teu olhar me perdi
Procurando uma saída
Tentando me encontrar me achei,
Perdida, nos braços teus.

Foi numa noite de luar que te vi
Naquela primeira vez
Minha alegria que vivia triste
Com a tua, logo, logo, se acendeu

Teus beijos são favo de mel
E tuas mãos uma canção
Que sempre me levam para o céu.

Um dia ainda vou buscar
As bênçãos de São Luis
Para assossegar meu coração
Que bate tum-tum-tum
Num tambor do Maranhão."

Até já, terra de São José de Ribamar, de Gonçalves Dias e de Ferreira Gullar, de Alcione e Baleiro, de Tom, Betto Pereira e Jesiel, menino de ouro, tecladista brilhante. Eu chego já, nem que seja montada na onça. Vou me acabar no arroz de cuxá, descendo a ladeira, dançando um reggae.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ANTONIO PEREIRA ACÚSTICO

Olá, pessoal! Vamos dar o pontapé inicial nos nossos projetos de música com os artistas locais. São vários os projetos, inclusive para as quintas-feiras no Bar e Restaurante Fino da Bossa, que está passando por uma reforma bem bacana, depois de um bom tempo de recesso do nosso querido Mário Jorge, que andava meio desencantado, mas, felizmente, voltou com a corda toda. O que o amor não faz, hein? A estreia será com o nosso querido Zeca Torres, o Torrinho, o qual, embora cante e decante em Porto de Lenha(sua parceria com o poeta Aldísio Filgueiras)que nunca chegaremos a ser Liverpool, com a cara sardenta e olhos azuis,acredita que temos chance de alcançar nossos objetivos, com a produção de eventos que envolvam música de qualidade. Manaus merece. Falta-nos, todavia, apoio cultural, patrocinadores interessados nesse segmento, empresários visionários que queiram aliar sua marca a eventos de qualidade indiscutível, como são aqueles produzidos pela PACTOLO, a fim de que possamos dispor de uma mídia que garanta a necessária divulgação do evento, sem o que não conseguiremos nem mesmo sonhar com Liverpool. Há um público em Manaus sedento de tais shows. Facilmente formaremos plateia, mas sem mídia, nem pensar. Quem estiver interessado em apoiar os eventos da PACTOLO, tornando-se nosso parceiro, entre em contato conosco. Qualquer forma de apoio será muito bem vinda. Independentemente do projeto nas quintas-feiras, agendem-se: 21 de maio, sexta-feira, às 23h, também no Fino da Bossa, ACÚSTICO ANTONIO PEREIRA. Pereira, que muito bem tem representado o Amazonas em outras regiões do pais, está com um trabalho novo, o CD " Afluentes", para cujo lançamento está se preparando, juntamente com a PACTOLO. Nesse meio tempo, apresentará um show Acústico, com um passeio pelas músicas que compõem algumas faixas de seus CDs, interpretando, ainda, algumas canções de autoria de artistas amazonense e nacionais, em quase 2 horas de puro êxtase.Boa ta Confiram o evento.Boa tarde para todos.

domingo, 2 de maio de 2010

EMOÇÕES AO SOM DE KAY LYRA & MAURÍCIO MAESTRO

Depois eu posto as fotos, porque, já disse, sou meio analfabeta virtual. Mas o importante mesmo, agora, é relatar sobre os dois shows de Kay & Maurício Maestro quinta-feira e sábado passados, no Fino da Bossa e Açaí & Cia., respectivamente. Quando pensávamos que já tínhamos atingido o céu, ao assistirmos ao show na quinta-feira, estávamos enganadíssimos. Kay e Maurício surpreendem mais a cada momento. Sábado, então, ultrapassamos as fronteiras do céu, e, acho, atingimos o super-céu, ou além-céu, o céu-do-céu. Espetáculo dos espetáculos, o show atingiu o ápice com a interpretação de Kay em Ne Me Quitte Pas (música-tema da mini-série global Presença de Anita, de autoria de Jacques Brel). PeloamordeDeus, o que era aquilo mesmo? Transcendi, sete vezes setenta. A interpretação singela de Kay, a voz acariciada pela seda, as cordas de Maurício Maestro causaram a mais profunda emoção a todos os presentes. Silêncio total. Somente as cordas e o canto mavioso de Kay, como se estivéssemos hipnotizados, no Éden. Mas não se avexem não. Breve, muito breve, eles voltam, e, de tal feita, para show no majestoso Teatro Amazonas. Que acham? Comentem. Digam ao mundo o que acharam do show, de Maurício e de Kay. Espalhemos o belo, que o feio se sentirá tão feio que se recolherá às masmorras. Boa semana para todos nós.